quarta-feira, 30 de março de 2011

Sagan e as Ciências


Em 1939, um menino de 5 anos foi com os pais à feira mundial de NY ver uma exposição sobre tecnologias do futuro.
Já adolescente, entrou numa biblioteca na mesma cidade e pediu um trabalho sobre estrelas e recebeu um livro com fotos de atrizes; teve que explicar que estava falando do céu.
Em 1951, graças a uma bolsa de estudos, foi admitido na Universidade de Chicago. Nove anos depois, já Doutor em astronomia e física, foi assistente no laboratório do geneticista J. Muller, Nobel de 1946. Nos anos 60, dava aula nas melhores universidades americanas. Em 1968, a Universidade de Cornell pôs à sua disposição um laboratório de estudos espaciais onde ficou até morrer. Como conselheiro da Nasa, projetou experimentos cruciais em praticamente todas as expedições das sondas Mariner, Viking, Voyager, além de assessorar as expedições da Apolo rumo à Lua. Chegou a ser preso em Nevada, numa manifestação de protesto contra testes nucleares. Também era contrário à construção de ônibus espaciais, à ideia de colocar estações espaciais em órbita e ao projeto “Guerra nas Estrelas”, cujo objetivo era armar satélites com artefatos nucleares.
Ir à Lua para ele foi uma bobagem. Questionou missões tripuladas da nave Apolo, nas quais, além de caras, o objetivo era apenas derrotar os soviéticos na corrida espacial. Combatia a crença em discos voadores. A chance de um ser inteligente visitar a Terra é zero, já que, se existem civilizações tecnológicas além da nossa, devem ser raríssimas e, afinal, “diante das imensas distâncias cósmicas, seria o cúmulo da coincidência duas delas se encontrarem”.

origem: Mega Biografia – Carl Sagan http://pt.shvoong.com/exact-sciences/astronomy/1818106-mega-biografia-carl-sagan/#ixzz3kk2JaKv7


A história acima relata a vida de Carl Sagan, autor de, entre outros, "Bilhões e Bilhões", livro publicado um ano após sua morte, em 1997. Composto de 19 capítulos independentes, o livro fala sobra a vida e a morte, tanto dos indivíduos quanto dos corpos celestes e do Universo, antropologia, meio ambiente, medicina, ética etc.


A obra pode ser contextualizada com o novo paradigma dominante, que atualmente se estende sobre toda a ciência moderna, o modelo da racionalidade. Constituido a partir da revolução científica do século XVI, estendeu-se nos séculos seguintes em particular na área das ciências naturais, e somente no século XIX passou a abranger as ciências sociais, transformando-se em um modelo global de racionalidade científica que, segundo Boaventura de Sousa Santos, "admite variedade interna, mas [...] se distingue e defende [...] de duas formas de conhecimento não-científico (e, portanto, irracional) potencialmente perturbadoras e intrusas: o senso comum e as chamadas humanidades ou estudos humanísticos."


O intuito deste blog, portanto, é abordar e discorrer sobre os diversos temas tratados na obra "Bilhões e Bilhões", relacionando-os aos aspectos da ciência pós-moderna e à realidade do mundo perante o complexo emaranhado de conhecimentos científicos que surgem a toda hora por toda parte.

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